EXPOSIÇÕES
A exposição
é o ápice da pirâmide em qualquer tipo de
colecionismo.
No passado, havia um grande tempo de latência desde o início
de uma determinada coleção, até o surgimento
de grandes coleções e suas conseqüentes apresentações
ao público. Nos dias atuais, todo esse processo foi acelerado.
Essa afirmativa pode ser constatada na TELECARTOFILIA. Esse novo
material colecionável está no mercado desde o aparecimento
dos primeiros cartões estrangeiros, há cerca de
20 anos, e com o lançamento dos cartões nacionais
há uma dezena de anos.
Esse rápido progresso que a telecartofilia está
usufruindo deve-se a uma série de fatores. Grande destaque
deve ser dado ao fator divulgação, que, atualmente,
foi muito beneficiado pela internet.
A produção abundante de CT pelas várias
operadoras despertou um forte comércio dos mesmos. Os
comerciantes se organizaram e montaram lojas especializadas,
sendo que muitas delas tiveram origem na filatelia.
O número dos chamados "maleiros" e dos "vendedores
de rua" cresceu, dando emprego à muita gente.
Os leilões nacionais ou estrangeiros, virtuais ou não,
também têm sido importantes na aquisição
de material.
Essa abundância de material despertou outros segmentos,
como a fabricação e o comércio do material
usado pelo interessado para organizar sua coleçõ:
álbuns, classificadores, etc.
O colecionador sentiu a necessidade de ter informações
sobre o que coleciona, o que ocasionou o aparecimento de catálogos
e literatura especializada, como revistas e boletins informativos.
A literatura especializada passou a trazer colunas com oferta
de compra, venda e troca de CT. Os encontros, freqüentes
em vários locais do Brasil, também têm sido
importantes para o contato entre os colecionadores, favorecendo
a troca de material e de informações, além
de abastecerem as coleções com as novidades.
Possuindo um bom número de CT e com conhecimentos adquiridos
de como manuseá-los, o passo seguinte é a montagem
da coleção para a qual o colecionador te dedicado
tempo e dinheiro. Nessa altura, já deve ter escolhido
o tipo de coleção que almeja. Não faz sentido
gastar energia simplesmente para amontoar 1.000 ou 10.000 cartões.
O ápice da pirâmide poderá ser mais facilmente
atingido pelos ensinamentos que os clubes bem estruturados poderão
dar aos interessados. O Centro Temático de Campinas tem
procurado ensinar, em seus encontros anuais, as noções
básicas de como deve ser feita uma coleção.
Em 2000, este clube realizou o 1° Congresso Brasileiro de
Telecartofilia e tem divulgado a cultura do colecionismo.
Esse conjunto de fatos fará com que as coleções
devidamente monadas apareçam para que possamos partir
para as exposições.
Uma série de aspectos envolve as exposições,
tais como: local apropriado, quadores expositores, segurança
e divulgação. Tais mostragens, que podem ser competitivas
ou não, geralmente ocorrem em conjunto, como uma feira.
Temos insistido para que, em todo "encontro", seja
reservado espaço para orientação do colecionador.
É importante aproveitar a oportunidade, a despesa feita
e o tempo gasto!
No Brasil, alguns clubes já realizaram mostras e exposições
não-competitivas. O CTC realizou várias delas,
desde a de 1992, nas dependências do CPqD, por ocasiões
dos 20 anos da Telebrás.
No exterior, vários países já organizaram
exposições de telecartofilia. O próximo
evento será a IBEREXPO, a ser realizado em Lisboa, de
21 à 24 de junho.
Essa exposição será
patrocinada pelas empresas ibéricas de comunicação
- PT Comunicações e Telefônica Telecomunicaciones
Públicas.
O regulamento com os detalhes para os futuros expositores já
foi divulgado. As coleções serão distribuídas
em 5 grupos e haverá premiação até
medalha grande de ouro. Incluem também dados sobre quadros
expositores, horários, etc.
O panorama sobre a telecartofilia mundial permite perceber que
as regras gerais para as exposições acompanham
o que tem sido usado na filatelia.
Os telecartofilistas brasileiros esperam que, com a união
e colaboração dos clubes, impressão especializada
(virtual ou não), comerciantes e negociantes de material
cartofílico e, especialmente, das nossas empresas emissoras
de cartões telefônicos, possamos ter, brevemente,
uma BRASTEL 01 ou CARTELBRÁS.
Hélion de Mello e Oliveira
Membro do Centro Temático de Campinas, das Sociedade
Philatelica Paulista, da Sociedade Numismática Brasileira
e do corpo de jurados da Federação Brasileira de
Filatelia (Temática) |
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